Linkin Park renovado e afiado faz um dos melhores shows do ano no Brasil, que deve virar documentário

Foto: Reprodução/Instagram @linkinpark 

 Hits antigos e do novo álbum "From Zero" se encaixaram perfeitamente na apresentação cheia de energia digna de Linkin Park

O Linkin Park provou que está de volta, em alto nível, com toda sua característica pesada e carregada de energia. E o público brasileiro foi contemplado com a afirmação desse retorno triunfal da banda duas vezes no mesmo dia: a primeira, com o lançamento do álbum "From Zero", com hits que renovam o nu metal da banda com o vocais de Emily Armstrong; a segunda, foi o show apoteótico na noite desta sexta-feira (15), no Allianz Parque, em São Paulo, absurdamente lotado e ensurdecedor. A apresentação deve virar documentário, com transmissão nos cinemas do mundo todo em 2025, visto que, ao longo do dia, diversas pessoas foram entrevistadas dentro do estádio pela produção.

Após sete anos da última apresentação no Brasil, ainda com Chester Bennington no vocais, o grupo subiu ao palco do Allianz pouco depois das 20h30, para o que seriam 2 horas de rock pesado. "Somewhere I Belong" foi a escolhida para abertura dos trabalhos, sendo seguida com outros dois clássicos históricos e conhecidos do público, "Crawling" e "Lying From You", todas com uma nova cara, mais harmoniosas e com leve toque pop, mas sem perder o peso que marcou época com o Linkin Park.

"Two Faced", a primeira do novo disco apareceu logo depois e comprovou que esta nova fase da banda de Agoura Hills, na Califórnia, é sim rock n' roll, com riff pesados e vocais poderosos de Emily. "New Divide" trouxe o tom de celebração pela retomada do grupo e "The Emptiness Machine" mostrou todo o entrosamento entre Armstrong e Mike Shinoda nos vocais e reforçou mais uma vez como os hits de "From Zero" estão alinhados com a história do grupo e se encaixam perfeitamente em meio aos clássicos da época de Bennington.

Mas nem só dos vocais vive uma banda, e o Linkin Park está afiado como um todo. "The Catalyst" trouxe um novo momento para a noite, com seu ritmo eletrônico e a bela harmonia entre todos os integrantes proporcionada às mais de 45 mil pessoas, que fizeram coro para o single do quarto álbum de estúdio do grupo, "A Thousand Suns", lançado em 14 de setembro. Em meio às baladas e o hip hop que envolveram "Burn It Down, "Waiting for the End" e "Castle of Glass", houve tempo para o solo do DJ Joe Hahn, dando um breve descanso para público e banda antes da retomada pesada com o gutural de Emily em "Casualty", mais uma do novo disco, e "One Step Closer", que incendiou mais uma vez o estádio.

Totalmente intimista, "Lost", uma das músicas perdidas do Linkin Park com vocais de Chester, trouxe Mike Shinoda no piano e Emily quase que à capela em uma versão encurtada da canção. O belo momento foi sabiamente prolongado pela banda com "Breaking the Habit", "What I've Done", "Leave Out All the Rest" também em versões mais pop. "My December" veio totalmente acústica por Armstrong, de modo que preparava o terreno para "Over Each Other", quando assumiu a guitarra e comandou o público com maestria, comprovando que é digna do posto que assumiu e que foi a escolha mais assertiva do grupo para esse recomeço.

A calmaria logo teve fim com "Numb", que devolveu aos presentes toda a nostalgia dos velhos tempos, assim como "In the End" com as rimas de Shinoda perfeitamente sincronizadas com os vocais de Armstrong, principal marca do Linkin Park e que cravou a identidade da banda no início do século. E o Allianz Parque que já estava novamente agitado, certamente teve suas estruturas mexidas quando Mike pediu para que todos pulassem antes de iniciar "Faint". Prontamente atendido, o músico viu o estádio inteiro sair do chão enquanto rimava novamente, intercalando com a explosão de Emily no refrão.

Após pausa para o encore final, "Papercut" levou novamente todos à loucura, com um breve respiro em "Lost in the Echo", antes da impactante "Heavy Is the Crown", que teve sinalizadores acendidos no meio da pista premium, e com o destaque do tão aguardado scream de Emily, merecidamente muito aplaudio e ovacionado pelo público. "Bleed It Out" fechou a noite com novamente o estádio indo abaixo com o público pulando sem parar, em sincronia com o ritmo da música, também renovada e muito bem aceita dentro desta nova fase do Linkin Park, que fez questão de deixar bem clara no título de seu novo álbum.


Setlist:

Somewhere I Belong

Crawling

Lying From You

Two Faced

New Divide

The Emptiness Machine

The Catalyst

Burn It Down

Waiting for the End

Castle of Glass

Joe Hahn Solo (com Colin na bateria)

When They Come for Me / Remember the Name

(Mike solo; with Colin on guitar for "When They Come for Me" and drums for "Remember the Name")

Casualty

One Step Closer

Lost (Mike - Emily - versão piano)

Breaking the Habit

What I've Done

Leave Out All the Rest

My December (acústico)

Over Each Other (Emily na guitarra)

Numb

(with "Numb/Encore" intro)

In the End

Faint

Encore:

Papercut

Lost in the Echo

Heavy Is the Crown

Bleed It Out

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